Introdução e objectivos. Os avanços conseguidos na genética, técnicas de diagnóstico e tratamento, e a crescente preocupação pela qualidade de vida e os aspectos neuropsicológicos da criança epiléptica e as possíveis repercussões terapêuticas condicionam alterações na orientação da epilepsia, que necessitam de uma adaptação contínua. Este trabalho analisa a casuística de epilepsias idiopáticas e criptogénicas da Secção de Neuropediatria do Hospital Miguel Servet de Saragoça (Espanha). Doentes e métodos. Foram estudados os casos diagnosticados de epilepsia idiopática e criptogénica desde Maio de 1990 a Dezembro de 1999.
Resultados Foram avaliadas 4.507 crianças. Em 1.794 (39,8%) a perturbação paroxística foi a causa de consulta. Foi estabelecido o diagnóstico de epilepsia em 46 crianças (10,3%), permanecendo dúvidas em 103 casos considerados como possível ou provável epilepsia (2,3%). As epilepsias foram consideradas idiopáticas em 111 casos (23,8%), criptogénicas em 122 (26,2%) e sintomáticas em 233 casos (50%). Foram identificados os seguintes síndromas epilépticos: epilepsia-ausências em 28 casos (6%), epilepsia mioclónica benigna do lactante em quatro casos, outras epilepsias generalizadas idiopáticas em 61 casos (13%), epilepsia rolândica benigna em 18 casos (3,9%), dos casos de síndromas de Ohtahara criptogénicos, seis casos de síndromas de West criptogénicos, um caso de epilepsia mioclónica grave do lactante, um caso de epilepsia com ponta-onda contínua durante o sono lento e um caso de síndroma de Landau-Kleffner. Conclusão. As necessidades actuais e o ritmo de avanços em epileptologia exigem equipas de neuropediatras com peritos em epilepsia.
Palabras claveCasuística neuropediátrica Epilepsias criptogénicasGenopatiasInfânciaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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