Introdução. O lobo frontal, considerado um enigma durante mais de cem anos, é a aquisição filogenética mais recente. Apesar de ocupar entre 25 a 30% do total do córtex, é ‘conflituoso’ mostrar as funções específicas desta região. Na década dos anos 70, a partir das abordagens do cognitivismo e da neurologia do comportamento, começou-se a conceitualizar as funções das regiões pré-frontais; o planeamento, o raciocínio, a solução de problemas, o ordenamento temporal dos estímulos, a atenção, a metacognição, e a cognição social. Desenvolvimento. Neuroanatomicamente, foram descritas uma série de conexões que relacionam as regiões do lobo frontal com estruturas corticais e subcorticais distintas que formam três circuitos básicos os quais, ao serem alterados, determinam síndromas cognitivas e de conduta distintintos: da convexidade (a conduta executiva), órbito-frontal (a conduta social) e mediano (a motivação). Cognitivamente, a sintomatologia de doentes com compromisso a nível pré-frontal tem tendência a ser interpretado segundo três paradigmas básicos: o de um sistema atencional supervisor de Norman e Shallice (1986), que participa em actividades não de rotina; de uma forma operativa ou de trabalho de Baddeley (1988), com um sistema executivo central cuja alteração determinaria as ‘síndromas disexecutivas’, e o de unidades administradoras do conhecimento e do conhecimento de Grafman (1994), armazenadas como ‘memórias’ no córtex pré-frontal. Conclusão. O córtex pré-frontal desempenha um papel crítico no controlo atencional e no arquivo mnésico, necessário para supervisionar e modular o processamento sensitivomotor e as acções complexas básicas da cognição, a emoção e a conduta humana.
Palabras claveAtençãoCogniçãoComportamentoCórtex pré-frontalMemóriaCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeurología del Lenguaje y la ComunicaciónNeuropediatríaNeuropsicologíaNeuropsiquiatría
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