Introdução. A dinâmica da resposta imune no sistema nervoso central não produz a clássica mudança, ou switch, de IgM a IgG que ocorre no sangue. Objectivo. Divulgar como se comporta e os factores que influem na dinâmica da resposta imune intratecal nas doenças neurológicas infecciosas. Desenvolvimento. A ausência do switch pode dever-se a mecanismos de regulação e modelação da resposta imune no SNC, que diferem da do sangue, na existência de uma composição de citocinas diferentes e a possibilidade de síntese de quimioquinas nos processos neuroinflamatórios e a mecanismos neuroimunoendócrinos. O padrão de resposta pode permanecer inalterado como na neuroborreliose, modificar-se como nas meningoencefalites por herpes simples, ter um padrão típico na dinâmica como acontece nas meningoencefalites por Neisseria meningitidis e na neurotubercolose. Também pode permanecer muitos anos após a cura da doença, como na neurosífilis, ou adiantar-se numa resposta precoce na infância. Nas encefalopatias por HIV o padrão mantém-se, mas em outras infecções por vírus, como Echo 6 e Coxsackie B5, a dinâmica depende do agente biológico. Conclusões. Para conhecer se é um processo agudo ou crónico, temos que conhecer as características fisiopatológicas do agente biológico, o tempo de evolução, a localização do processo e a idade do hospedeiro. O aumento de células no líquido cefalorraquidiano e o aumento da razão de albumina ajudam a combinar os processos agudos e activos no SNC
Palabras claveDinâmica imuneDoenças infecciosasLíquido cefalorraquidianoQuimioquinas
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