Introdução. A resposta imune oligoclonal do líquido cefalorraquidiano (LCR) e a diferença das evidências no sangue é poli-específica. Para além dos anticorpos específicos contra o agente causal, sintetizam-se muitos inespecíficos, especialmente em doenças neurológicas crónicas. Objectivo. Divulgar as características desta resposta oligoclonal poli-específica e a utilização do índice de anticorpo como ferramenta de diagnóstico tanto em doenças infecciosas com crónicas. Desenvolvimento. A utilização do índice de anticorpo discrimina entre a fracção de anticorpo derivado do sangue e a fracção do anticorpo específico derivado do cérebro. Calculam-se as razões LCR/soro de anticorpos específicos e a da IgG. O índice de anticorpo é o quociente entre ambas. A razão de anticorpo específico pode obter-se por titulação, mas é menos sensível e recomenda-se a quantificação por métodos imunoenzimáticos. Para evitar falsos negativos, deve se corrigir e mudar a razão IgG pela razão limite de acordo com o Reibergrama, quando a primeira é maior. Em doenças crónicas auto-imunes, podem existir índices de anticorpos patológicos contra agentes virais distintos, como os índices contra o sarampo, rubéola e herpes zoster, (conhecido como reacção SRZ) bem como na esclerose múltipla, lupus eritematoso sistémico, síndroma de Sjögren e a granulomatose de Wegener. Conclusões. A utilização do índice de anticorpo permite o diagnóstico de doenças neurológicas infecciosas agudas e a caracterização da resposta poli-específica secundária e processos crónicos neurológicos.
Palabras claveAuto-imunidadeDoenças infecciosasImunoglobulinasÍndice de anticorpoLíquido cefalorraquidiano
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