Objectivo. Analisar o custo de tratamento em monoterapia dos doentes com epilepsia de início recente. Doentes e métodos. Analisou-se o custo do tratamento com lamotrigina (LTG), carbamazepina (CBZ), fenitoína (PHT) e ácido valpróico (VPA) utilizando dados publicados sobre a eficácia e tolerância dos ensaios clínicos comparativos em monoterapia. Estabeleceu-se um modelo de tratamento de doentes com epilepsia de início recente durante os primeiros 12 meses após o diagnóstico. Um painel de médicos deu o consenso sobre o uso de recursos, custos e o modelo de tratamento no nosso país. Fez-se uma análise do custo/minimização de forma a avaliar economicamente os dados, baseados no facto que os ensaios aleatórios indicavam que a CBZ, LTG, PHT e VPA eram de eficácia similar. A análise foi realizada com ‘intenção de tratar’. Consideraram se apenas os custos médicos directos.
Resultados No nosso país, o tratamento com LTG é entre duas a três vezes mais caro do que com as outras medicações. Uma análise de sensibilidade demonstrou que variações no intervalo de uso de recursos e de custos (definido pelo painel de médicos) não alteravam de forma significativa os resultados. Conclusões. O tratamento com LTG é mais dispendioso do que o tratamento com fármacos clássicos. Dadas as limitações metodológicas do estudo actual, são necessárias novas análises, especialmente com metodologia de custo/benefício, para avaliar o impacto económico dos novos antiepilépticos e determinar se é justificada a sua utilização como fármaco de primeira linha.
Palabras claveÁcido valpróicoCarbamazepinaCustoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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