Objectivo. O presente artigo pretende ser uma revisão bibliográfica do papel actual dos fármacos antiepilépticos no tratamento da dor neuropática, e dos conhecimentos sobre a sua acção específica segundo os diferentes mecanismos fisiopatológicos que se suspeitam estarem envolvidos neste tipo de dor. Desenvolvimento. A dor neuropática, resultante da lesão neurológica de parte do sistema de transmissão nervosa da dor é uma das síndromas dolorosas mais frequentes da prática clínica e constitui um desafio terapêutico para neurologistas e especialistas da dor. Nos últimos anos, o interesse pelos fármacos antiepilépticos, utilizados para este fim, desde os anos sessenta, aumentou com o aparecimento de novos medicamentos e melhor conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos causadores desta dor. A resposta fraca e variável destes quadros aos diversos tratamentos e a complexa relação entre etiologias, mecanismos e sintomas, aconselham a modificação da abordagem tradicional do tratamento destas entidades, passando da etiologia e a distribuição topográfica aos prováveis mecanismos implicados em cada doente, adaptando as terapêuticas a estes últimos. Conclusões. Os fármacos antiepilépticos são uma das linhas mais prometedoras no tratamento farmacológico da dor neuropática. A sua utilização em mono ou politerapia em cada doente dependerá do maior conhecimento dos mecanismos envolvidos na génese e manutenção da dor neuropática e de como os fármacos antiepilépticos actuam sobre os mesmos.
Palabras claveCanais de sódioDor neuropáticaFármacos anticonvulsivantesFisiopatologiaTratamentoCategoriasDolorEpilepsias y síndromes epilépticos
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