Introdução. A análise do sono nocturno no autismo infantil tem sido apresentado em diversos trabalhos, embora sem uma sistematização que englobe as alterações distintas, tanto estruturais como paroxísticas, e que por sua vez permite elaborar uma teoria geral da repercussão do sono no prognóstico e tratamento, particularmente no espectro que actualmente não tem uma solução definitiva. Desenvolvimento. Revisão bibliográfica sistemática a partir da qual se analisaram as publicações da MEDLINE e páginas Web dos últimos 25 anos, obtidas através das palavras-chave: autismo, perturbação de Asperger, sono, infância, síndroma de Rett. 21 trabalhos cumpriram os critérios de inclusão. As perturbações do sono no autismo infantil foram classificadas em três tipos: imaturidade do sono; que mostra um registo polisonográfico desestruturados demonstrando uma correlação negativa com o nível de desenvolvimento, alterações funcionais do sono; de onde o despertar precoce e a dificuldade para adormecer são as perturbações mais observadas, e alterações paroxísticas; sendo as descargas epileptiformes as mais frequentes, sem que contudo estejam ligadas a episódios críticos. Observa-se a discordância entre as opiniões dos questionários e os dados observados no polisonograma. Conclusões. A análise da literatura permitiu realizar uma classificação inicial das alterações do sono em crianças autistas e demonstrou uma presença marcada destas alterações na evolução da criança autista. Por sua vez, é necessário continuar a realizar estes estudos, sobre tudo polisonográficos, pela sua necessidade clínica mas também pela sistematização mais precisa.
Palabras claveDoença de AspergerSíndroma de RettSonoCategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatríaSueño
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