Cerca de um terço dos doentes com epilepsia não conseguem um controlo adequado das crises, não obstante recebam um tratamento anticomicial correcto. Embora a dieta cetogénica tenha vindo a ser utilizada em casos de epilepsia refractária desde os anos 20, na última década assistiu-se ao ressurgir da mesma. Objectivo. Rever a eficácia, a tolerância e os efeitos adversos nos 12 doentes pediátricos que receberam a dieta durante um período superior a 3 meses. Doentes e métodos. Foram avaliadas 15 crianças, dos quais 12 foram apenas incluídos na revisão (5 do sexo masculino e 7 do sexo feminino). Após a avaliação inicial conjunta com neuropediatra e equipa de nutrição clínica, instituiu-se a dieta no hospital, submetendo a criança a um período de jejum (24-48 horas) até se conseguir cetose. A dieta progride ao longo de três dias, antes da alta domiciliária. Na nossa instituição utiliza-se a dieta com MCT modificada, em que 30% da energia é administrada sob a forma de MCT e 40% como gorduras naturais. A eficácia da dieta foi avaliada comparando o número de crise que o doente apresentava antes de iniciar a dieta com o número das mesmas nos distintos momentos da evolução (1, 3, 6, 12, 18 meses).
Resultados A média da idade no início da dieta foi de três anos e cinco meses (dos 18 meses aos 9 anos). Todos tinham sido diagnosticados de síndrome de Lennox-Gastaut, seis dos quais criptogénicos. Seis crianças apresentavam atraso mental profundo. Seis meses após o início da dieta, metade das crianças tinham conseguido uma redução das crises superior a 50%, e um terço não apresentava nenhuma ou a sua frequência tinha diminuído para mais de 90%. Ao ano, três famílias tinham suspenso a dieta, duas por ineficácia no controlo das crises. Em todos os casos, a dieta foi bem tolerada, mantendo níveis de cetonúria acima de 2+. Observaram-se efeitos adversos ligeiros em apenas três doentes e elevação transitória dos níveis plasmáticos do colesterol em 4 crianças. Conclusões: A dieta cetogénica continua a ser um tratamento antiepiléptico eficaz, sobretudo em doentes nos quais tenham fracassado as medicações disponíveis. A sua boa tolerância e baixa incidência de efeitos adversos a curto prazo estimula a sua utilização na grande maioria de casos de epilepsia refractária.
Palabras claveCetoseCriançasDieta cetogénicaTratamentoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatría
TEXTO COMPLETO(solo disponible en lengua castellana / Only available in Spanish)
Si ya es un usuario registrado en Neurologia, introduzca sus datos de inicio de sesión.
Rellene los campos para registrarse en Neurologia.com y acceder a todos nuestros artículos de forma gratuita
¿Olvidó su contraseña? Introduzca su correo electrónico y le haremos llegar una nueva
Estimado usuario de Revista de Neurología,
Debido a la reciente fusión por absorción de VIGUERA EDITORES, S.L.U., la entidad gestora de las publicaciones de Viguera Editores, entre ellas, Revista de Neurología, por EVIDENZE HEALTH ESPAÑA, S.L.U., una de las sociedades también pertenecientes al Grupo Evidenze, y con la finalidad de que Usted pueda seguir disfrutando de los contenidos y distintos boletines a los que está suscrito en la página web de neurologia.com, es imprescindible que revise la nueva política de privacidad y nos confirme la autorización de la cesión de sus datos.
Lamentamos informarle que en caso de no disponer de su consentimiento, a partir del día 28 de octubre no podrá acceder a la web de neurologia.com
Para dar su consentimiento a seguir recibiendo la revista y los boletines de neurologia.com vía correo electrónico y confirmar la aceptación de la nueva política de privacidad, así como la cesión de sus datos a Evidenze Health España S.L.U., el resto de las entidades del Grupo Evidenze y sus partners y colaboradores comerciales, incluyendo la posibilidad de llevar a cabo transferencias internacionales a colaboradores extranjeros, pulse en el siguiente enlace: