Introdução. Calcula-se que a prevalência da perturbação dissocial de conduta (PDC) se situe entre os 4 e os 10%. Objectivo. Avaliar a prevalência da PDC em adolescentes colombianos, utilizando um questionário individual. Doentes e métodos. Seleccionámos aleatoriamente 190 adolescentes, escolarizados, com idades entre os 12 e 16 anos e de diferentes estratos sócio-económicos de Medellin (Colômbia). Foram submetidos a um questionário quantitativo de auto-informação, baseado nos sintomas do critério A do DSM-IV para PDC, classificado numa escala de 0= nunca a 3= quase sempre (coeficiente de fiabilidade alfa: 0,86). Calcularam-se as prevalências da seguinte maneira: 1. Codificando como ‘provável PDC’ as pontuações T superiores a 60; 2. Codificando como ‘conduta anti-social do adolescente’ (CAA) toda a pontuação superior a 1 em pelo menos três perguntas, e 3. Codificando como PDC a que tiver três ou mais resposta qualificadas com 2 ou 3 pontos.
Resultados Os sintomas de PDC mais frequentes foram: permanecer fora de casa à noite (10,5%), ser cruel com os animais (8,4%), ser cruel com as pessoas (7,4%), entrar violentamente em casa ou no automóvel de outrem (7,3%), e utilizar armas para ferir outrem (6,9%). A prevalência de ‘provável PDC’ foi de 13,7%, a de CAA foi de 56,8% e a de PDC foi de 8,4%. Não foram encontradas diferenças significativas entre estratos sócio-económicos. Conclusão. A PDC está presente em 8,4% dos adolescentes estudados, independentemente do estrato sócio-económico.
Palabras clavePerturbações do comportamentoPrevalênciaPsicoepidemiologiaSaúde mentalCategoriasNeurología del Lenguaje y la Comunicación
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