Introdução. Perante qualquer doente jovem com sintomatologia parkinsónica, devemos suspeitar que seja secundária a patologia subjacente, pelo que se deve realizar uma série de testes de diagnóstico antes de classificá-la como uma doença de Parkinson idiopática.
Caso clínico Mulher de 31 anos cujo único antecedente é doença de Graves. Recorre à consulta por notar desde há alguns meses dificuldade nos movimentos dos membros direitos (tanto na marcha como nos movimentos rápidos e repetidos da mão). Além disso, refere tremor de repouso dos mesmos membros. Nega consumo de drogas, disfagia, disartria, alterações visuais ou esfincterianas. O exame neurológico revela fala monótona, ligeira hipomímica facial, discreta diminuição do pestanejo espontâneo, marcha com diminuição da oscilação do membro superior direito; tremor postural em ambos os membros superiores, mais pronunciado à direita; bradicinesia (2/4) em ambos os membros direitos, e rigidez (1/4) axial e dos membros direitos. Todos os exames complementares realizados para o despiste de parkinsonismo secundário foram normais, excepto as concentrações séricas de manganêse, que se encontravam elevadas, se bem que normalizaram após a remoção da provável fonte de exposição ao metal. Contudo, as alterações do movimento apenas desapareceram após instituição de terapêutica com levodopa. Conclusão. Perante um parkinsonismo em adultos jovens, devemos sempre excluir as causas secundárias, como a exposição a certos metais.
Palabras claveManganêseToxicidadeCategoriasNeurodegeneraciónTrastornos del movimientoTrastornos metabólicos y tóxicos
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