Introdução. A utilização do interferão-alfa (IFN-a) mostrou a sua eficácia no tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C. Foram descritos efeitos secundários no sistema nervoso após o uso de interferão, entre os quais a neuropatia.
Caso clínico Neste artigo descrevemos um caso de neuropatia periférica associada ao uso de IFN-a num doente com hepatite C, o qual recebeu um primeiro ciclo de tratamento durante 22 semanas na dose de 6 milhões UI três vezes por semana. Após permanecer um ano sem receber qualquer terapêutica, recebeu um segundo ciclo de IFN-a na dose de 6 milhões UI três vezes por semana. Após três meses de tratamento, o doente desenvolveu sintomas de neuropatia periférica. Os estudos electrofisiológicos mostraram uma polineuropatia axonal. Conclusões. A neuropatia associada ao uso de IFN-a é uma manifestação rara, contudo, deve considerar-se que pode ser subdiagnosticada, dado que na maioria dos doentes não se suspeita desta patologia. O diagnóstico deve considerar-se em doentes que recebem o tratamento a longo prazo e nos que recebem doses elevadas. Pensamos que no nosso caso é possível que se tenha verificado um efeito acumulativo da dose de IFN-a, embora o doente tenha ficado um ano sem receber interferão.
Palabras claveInterferão-alfaNeuropatia periféricaVírus hepatite CCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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