Original

Utilidade clínica das bandas oligoclonais

M. Falip, M. Tintoré [REV NEUROL 2001;32:1120-1124] PMID: 11562840 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3212.2001030 OPEN ACCESS
Volumen 32 | Número 12 | Nº de lecturas del artículo 131.950 | Nº de descargas del PDF 1.466 | Fecha de publicación del artículo 16/06/2001
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. A presença de bandas oligoclonais (BOC) de imunoglobulina G (IgG), no LCR, permanece a alteração imunológica de maior utilidade para o diagnóstico da esclerose múltipla (EM). A técnica que mostrou maior sensibilidade para a sua determinação é o enfoque isoeléctrico seguido de imunotinção. A prevalência de BOC em doentes afectados por EM varia em diferentes populações, oscilando entre 60% a 97%. Objectivo. O objectivo deste estudo é determinar a prevalência de BOC na população espanhola, assim como a sensibilidade e especificidade da técnica utilizada no nosso laboratório. Doentes e métodos. revimos a história clínica de 391 doentes, nos quais se identificou a presença de BOC no nosso centro. Os doentes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o diagnóstico: Grupo 0: doentes com EM clinicamente definida (n=138), Grupo 1: doentes com primeiras manifestações de doença desmielinizante (n=177), Grupo 2: doentes com doenças não inflamatórias não autoimunes (NINA) (n=40), Grupo 3: doentes com doenças inflamatórias ou autoimunes (DIA) (n=36). As BOC foram determinadas simultaneamente no soro e no LCR por enfoque isoeléctrico e imunotinção. Para uniformizar a técnica, realizou-se uma validação interna e externa da mesma. Validação interna: Foi calculada a sensibilidade da técnica e a sua especificidade utilizando como grupo de controlo o grupo NINA ou o grupo DIA. Validação externa: Foram escolhidos 10 pares de soros/LCR de doentes com diferentes patologias e analisaram-se os mesmos de forma oculta no nosso laboratório e num laboratório de Referência (Karolinska Medical School).

Resultados A prevalência de BOC obtida em cada grupo foi: no grupo 0 (doentes com EM) = 87,7%, grupo 1 (primeiras manifestações) = 54,8%, Grupo 2 (NINA) = 17,5%, Grupo 3 (EIA) = 52,7%. A sensibilidade obtida foi de 87,7% e a especificidade de 82,5%, comparada com o grupo NINA, e de 45,7%, comparada com o Grupo EIA. A concordância com o laboratório de Referência foi de 9/10 determinações. Conclusões: obtivemos na nossa população uma prevalência de BOC, em doentes afectados por EM, inferior à de populações do norte da Europa. As BOC aparecem em muitos processos inflamatórios ou autoimunes, pelo que são pouco específicas para o diagnóstico de EM
Palabras claveBandas oligoclonaisEnfoque isoeléctricoEsclerose múltiplaEspecificidadeSensibilidade CategoriasEsclerosis múltipleNeurofisiologíaNeuroimagenNeuropsicologíaTécnicas exploratorias
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