Introdução. O modelo circunflexo tradicional sobre a estrutura da emoção postula que esta se organiza em torno de duas dimensões básicas: a valência (positiva/negativa) e a activação (relaxante/activante). Este modelo assume que a valência activa um único sistema avaliativo, de onde se obtêm, em relação à actividade cerebral, dois pressupostos: 1) um único conjunto de mecanismos e circuitos neuronais activar-se-ia em resposta, tanto a acontecimentos positivos como a acontecimentos negativos. 2) a capacidade de resposta a estímulos adversos ou apetitivos (latência e intensidade com que as estruturas neuronais envolvidas podem responder) seria potencialmente equilibrada. Desenvolvimento. São descritos os debates recentes em torno dos dois pressupostos, sendo posteriormente dados a conhecer os dados existentes até à data. Tais dados indicam que, em resposta a estímulos adversos(frequentemente com danos) são activados fundamentalmente sistemas neuronais caracterizados pela sua capacidade para fornecer uma resposta urgente, tratando-se além do mais de uma activação de curta latência. Pelo contrário, os estímulos apetitivos (que propiciam condutas de aproximação) activam preferencialmente sistemas encarregados de um processamento mais intenso e preciso da informação, tratando-se de uma activação mais lenta embora mais duradoura. Conclusão. Os dados sugerem a existência de mecanismos separados para a avaliação e preparação de resposta em relação à negatividade da estimulação, por uma parte, e em relação à positividade, por outra.
Palabras claveEmoçãoTendência de negatividadeValênciaVia visual dorsalVia visual ventral
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