Original

Papel da hipertensão arterial na comorbilidade da cefaleia crónica

H.P. Grebe, J. Nunes, L.M. Diogo-Sousa [REV NEUROL 2001;33:119-122] PMID: 11562869 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3302.2001108 OPEN ACCESS
Volumen 33 | Número 02 | Nº de lecturas del artículo 14.174 | Nº de descargas del PDF 360 | Fecha de publicación del artículo 16/07/2001
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. A literatura relativa à associação entre a cefaleia e hipertensão arterial é escassa, na maioria é anterior à actual classificação IHS e baseada em métodos muito diversos, sendo assim difícil de interpretar. Objectivos. Analisar a associação entre hipertensão arterial e dois tipos de cefaleia crónica e determinar se e como a hipertensão arterial pode afectar o resultado da terapêutica profiláctica de cefaleias crónicas. Doentes e métodos. Foram analisados retrospectivamente 64 ficheiros dos nossos doentes ambulatórios com cefaleia, escolhidos aleatoriamente entre doentes com hemicrania ou cefaleia tipo tensão (CTT). Os doentes foram considerados como hipertensos se a pressão sanguínea fosse superior ao normal várias vezes sem uma crise aguda. A resistência ao tratamento foi definida como uma falta de benefício relativamente ao número e/ou à intensidade das crises.

Resultados A idade variou entre os 18 e os 80 anos, sendo a idade média 42,9 anos (DP 13,86). 86% eram de sexo feminino. 29 doentes sofriam de CTT e 35 de hemicrania. A prevalência da hipertensão foi de 35,9% para todos os doentes, de 28,5% para os doentes com hemicrania, 44,8% para os doentes com CTT. A prevalência da resistência ao tratamento foi de 39,8%, 34,3% e 41,3%, respectivamente. 60% dos doentes resistentes à terapêutica eram hipertensos e 62,5% dos doentes hipertensos apresentaram resistência ao tratamento. Conclusões. A hipertensão arterial foi mais prevalente na amostra em estudo do que seria esperado numa amostra equivalente da população em geral. A hipertensão foi significativamente mais prevalente entre os doentes resistentes à terapêutica, bem como a resistência ao tratamento entre os doentes hipertensos. Concluímos, portanto, que existe uma comorbilidade entre a cefaleia crónica e a hipertensão e que a hipertensão arterial complica o controlo das cefaleias crónicas.
Palabras claveCefaleia crónicaComorbilidadeHipertensão arterialResistência à terapêutica CategoriasCefalea y MigrañaDolorPatología vascular
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