Introdução. O paradigma de Stroop foi utilizado para avaliar o sistema de atenção anterior que regula a capacidade inibitória de respostas automáticas. Técnicas de neuroimagem evidenciaram um papel preponderante do cingular anterior na execução deste paradigma. Objectivos. Avaliar a activação do cingular anterior dado o seu interesse clínico no estudo de patologias neurológicas e psiquiátricas. Doentes e métodos. Onze voluntários sãos participaram no estudo. As imagens funcionais foram analisadas utilizando o software SPM99, por análise individual e de grupo de segunda ordem.
Resultados Uma primeira análise local evidenciou; activação no cingular anterior direito (área 32 de Brodmann) e central esquerdo (áreas 31 e 23); núcleo caudado (corpo direito e cauda esquerda) e tálamo (bilateral). Globalmente achou-se activação significativa do hemisfério esquerdo, nas áreas 44 (área de Broca), 7, 40 (circumvulação supra-marginal) e córtex da ínsula; e no hemisfério direito na área 19. No entanto, existem grandes diferenças individuais. Conclusões. Os resultados globais estão de acordo com o modelo de uma complexa conectividade funcional para a atenção e o controlo de automatismos. No nosso estudo, o cingular anterior não é activado de forma selectiva. A activação do tálamo e núcleo caudado poderia explicar-se pelo envolvimento destes nos circuitos frontoestriados. A ausência de consistência individual pode dever-se a diferentes estilos cognitivos pessoais na resolução do conflito. Segundo estes resultados, o paradigma de Stroop não serviria clinicamente para indicar o bom ou o malfuncionamento do cingular anterior.
Palabras claveCingular anteriorNeuroimagem funcionalRessonância magnética funcionalSistema da atençãoCategoriasNeuroimagen
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