Introdução. Nos últimos anos têm-se utilizado diversos esquemas farmacológicos para o tratamento dos sintomas nucleares e estados comórbidos da perturbação de défice atencional e hiperactividade (PDAH). Desenvolvimento. Modelo dopaminérgico: as butirofenonas (haloperidol, pipamperona) e as fenotiazinas (cloropromazina, tioridazina) são os fármacos clássicos que bloqueiam os receptores dopaminérgicos e, desta forma, são capazes de modificar os níveis funcionais da mesma, especialmente na atenção. Outro exemplo apropriado deste modelo é o da tiaprida. Modelo noradrenérgico: a noradrenalina participa no controlo da atenção de tipo fásico e da atenção de tipo selectivo, e a sua modificação provocará também alterações sobre a função atencional. Um exemplo é o da atomoxetina, que é um inibidor selectivo da recaptação de norepinefrina, e a sua utilização em doentes com PDAH mostra melhorias significativas em estudos neuropsicológicos. Outro exemplo deste mesmo modelo é o dos agonistas alfa-adrenérgicos, a clonidina e a guanfacina. Modelo serotoninérgico: os medicamentos que modificam os níveis serotoninérgicos são o grupo denominado ‘inibidor selectivo da recaptação serotoninérgica’ (ISRSD). Funciona no tratamento das perturbações do humor e a ansiedade, mas pode aumentar a impulsividade. Geralmente é indicado em doentes com perturbações comórbidas e PDAH. A pripamperona é um antagonista do receptor 5-HT2. Outro exemplo é a da buspirona (Buspar), um antagonista dos receptores 5-HT1. Modelo gabaérgico: o ácido gama-aminobutírico é um aminoácido inibidor que tem uma distribuição restrita mas específica sobre o SNC. Actua de forma inibidora, sobre a membrana pós-sináptica. Participa na regulação do circuito atencional subcortical.
Palabras claveAtomomexinaBupropionaCategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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