Objectivo. Avaliar como e com que resultados se realiza a endarterectomia (EDA) carotídea numa área sanitária de Espanha. Avaliar possíveis diferenças entre centros hospitalares e estudar os factores preditores de complicações perioperatórias. Doentes e métodos. Todas as EDA carotídeas realizadas em nove hospitais da área centro de Espanha (1999-2000). Realização do desenho e conteúdo do registo por uma comissão específica. Estudo de grupos ambispectivo. Análise estatística: descritiva. Coeficiente de variabilidade entre centros. Estudo uni e multivariado (regressão logística) de factores preditores.
Resultados Registaram-se 576 intervenções. Mortalidade global: 1,9%. Os doentes que faleceram ou que ficaram com sequelas incapacitantes foram 15 (2,7%). A selecção de doentes ajustou-se em 98% ao recomendado pelos comités de peritos. O índice de variabilidade entre os centros foi elevado (>0,25), tanto nas técnicas aplicadas como nos resultados obtidos. No estudo de multivariantes, a presença de sintomas pré-operatórios (RR=indeterminado; p=0,006) e o baixo número de EDA por ano (p=0,01; RR=indeterminado) foi associado à mortalidade e à oclusão contralateral (RR=4,7; p=0,02) e o uso de shunt (RR=6,1; p=0,01) ao AVC perioperatório. Conclusão. Globalmente, tanto a selecção de doentes, como os resultados obtidos aderem aos padrões aceites neste tipo de cirurgia. Teve mais influência nos resultados o perfil de risco do doente do que as técnicas utilizadas. O número de cirurgias por ano teve influência na mortalidade
Palabras claveAuditoria regionalCirurgia vascularControlo de qualidadeEndarterectomia carotídeaRegisto de actividadeCategoriasPatología vascular
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