Objectivo. Avaliar a presença de descargas epileptiformes e a organização do sono nocturno em crianças autistas sem crises epilépticas polisonográficas nocturnas. Sujeitos e métodos. Desenho analítico de secção transversal. Sujeitos: 21 rapazes e raparigas com espectro autista de acordo com a DSM-IV e idade compreendidaentre os 4 e 12 anos, comparados com um grupo de controlo de crianças normais e com as mesmas idades. Métodos: polisonograma nocturno com eficiência mínima de 75%. Análise: teste t para comparar os ciclos e as fases do sono com significância p< 0,05.
Resultados Os doentes apresentaram um máximo de quatro ciclos de sono face a cinco ou seis dos controlos. Verificou-se um incremento das fases mais lentas a partir do primeiro terço da noite. 66% apresentou descargas paroxísticas epileptiformes, todas com origem na metade anterior do cérebro. Conclusão. Não existe desestruturação do sono, mas sim redução da sua duração, com paroxismos epileptiformes de origem predominantemente frontal, o que pode indicar que estes dois parâmetros são intrínsecos ao espectro autista, para além de assinalar uma origem mais focal do quadro generalizado, e possivelmente muito relacionados com a alteração qualitativa das vivências sociais dessas crianças.
Palabras clavePolisonograma nocturnoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatría
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