Objectivo. Neste trabalho é feita uma revisão da anatomia, sintomatologia, problemas de diagnóstico e alternativas terapêuticas das epilepsias frontais. Desenvolvimento. O conhecimento da anatomia funcional do lobo frontal, o maior do cérebro, é fundamental para compreender a variada semiologia das crises epilépticas que nele têm origem. Ao contrário do que acontece nas crises de origem temporal, em que a correlação anatomo-clínica é mais segura devido ao papel relativamente constante do rinenecéfalo e, em especial, da amígdala, nas crises frontais é muito difícil a sistematização entre os sinais clínicos e a organização da descarga, devido à ampla propagação córtico-subcortical, tanto homo como contralateral. Por este motivo existem diversos tipos de crises frontais que se definem detalhadamente sob o ponto de vista clínico. São as que apresentam maior problema de diagnóstico diferencial, como as pseudocrises epilépticas, sendo em muitas ocasiões, necessário o registo contínuo vídeo-EEG, para sua diferenciação. A imagem por ressonância representou um avanço muito importante no diagnóstico etiológico deste tipo de crises, evidenciando displasias corticais, heterotipias e pequenos tumores e malformações vasculares não visíveis por outros meios radiológicos. São brevemente descritas as epilepsias frontais genéticas de recente descrição. Finalmente, são revistos os distintos tipos de tratamento indicados. Conclusões. No lobo frontal têm origem entre 20-30% de todas as epilepsias parciais, e representam 30% de todos os processos cirúrgicos. O diagnóstico correcto das crises frontais permanece um desafio para o neurologista. Os avanços em neurofisiologia, neuroradiologia e genética, foram e serão de grande importância para o seu melhor conhecimento.
Palabras claveAnatomiaCrise frontalLobo frontalPseudocrise epilépticaRessonância magnéticaTratamentoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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