Original

Gabapentina no tratamento do tremor

L.J. López del Val, S. Santos-Lasaosa [REV NEUROL 2003;36:322-326] PMID: 12599126 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3604.2002313 OPEN ACCESS
Volumen 36 | Número 04 | Nº de lecturas del artículo 38.725 | Nº de descargas del PDF 1.152 | Fecha de publicación del artículo 16/02/2003
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. O tremor é uma das patologias neurológicas mais prevalentes na actualidade, contudo a eficácia dos diferentes métodos terapêuticos (betabloqueantes, primidona, anticolinérgicos, benzodiazepinas, etc.) sempre traz resultados relativamente escassos quanto à melhoria dos diferentes tipos de tremor. Objectivo. Avaliar a eficácia de um fármaco como a gabapentina adicionada ao tratamento basal do tremor, para determinar a resposta obtida com o referido tratamento em doentes que anteriormente não tinham experimentado melhoria com os tratamentos habituais. Doentes e métodos. Realizou-se um estudo aberto não aleatorizado, com duração de 16 meses, conduzido numa Unidade de Perturbações do Movimento, e recrutaram-se doentes já tratados e em seguimento com outros fármacos anti-tremor. A eficácia foi avaliada por meio das seguintes escalas: escala do tremor (ET), escala da incapacidade global (GDE, do inglês global disability examiner scale) e a escala de incapacidade global do doente (GDP, do inglês global disability patient scale). Para as escalas GDE e GDP construiu-se uma variável de avaliação de resultados dicotómica (melhoria face a não melhoria) e ajustou-se um modelo de regressão logística (variáveis independentes: idade, sexo duração do tremor e número de fármacos anti-tremor associados à gabapentina). A variável ET analisou-se mediante dois modelos de regressão múltipla (variável resultado: pontuação a 12 meses). Modelo 1: ET (itens 1-14) e modelo 2: ET (itens 15-21). Variáveis independentes: idade, sexo, duração do tremor, pontuação inicial da prova e número de fármacos anti-tremor associados a gabapentina. Estudaram-se 63 doentes de 59,4 anos de média e DE 16: 36 com tremor essencial, 16 com tremor por Parkinson, 10 com tremor por esclerose múltipla (EM), quatro tremor de escrita e três tremor ortostático.

Resultados Aos 12 meses, a gabapentina melhorou os resultados clínicos. A maior descida, em termos absolutos, foi observada no tremor por EM e, em percentagem, a maior descida foi a do tremor ortostático. A regressão lógica mostrou que o sexo masculino e uma mais curta duração do tremor prediziam um melhor resultado. A regressão múltipla mostrou, por um lado, uma associação entre a pontuação final e basal, e, por outro, um melhor resultado nos homens e em doentes com menor duração do tremor. Conclusões. Gabapentina poderia ser uma boa alternativa terapêutica no tratamento dos diferentes tipos de tremor nos casos de má resposta à terapêutica convencional.
Palabras claveAnálise multi-variávelControloEvoluçãoTerapêutica CategoriasTrastornos del movimiento
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