Introdução. A hipoplasia da artéria carótida interna é uma malformação congénita de apresentação rara. Habitualmente, suspeita-se da sua presença no curso de um estudo angiográfico. A confirmação da anomalia realiza-se demonstrando a presença de um canal carotídeo hipoplásico na base do crânio por tomografia computorizada (TAC). Apresentamos dois casos diagnosticados por tomografia computorizada helicoidal multicorte (TCHM).
Casos clínicos Caso 1: mulher diagnosticada clinicamente e por ressonância magnética (RM) com malformação de Chiari I com siringomielia associada. Realizou-se uma TCHM da charneira cérvico-occipital para excluir malformações ósseas. Foi diagnosticada como hipoplasia óssea da fossa posterior com canal carotídeo direito de tamanho pequeno. Realizou-se arteriografia com TCHM que mostrou a imagem de uma hipoplasia carotídea. Caso 2: mulher hipertensa de 82 anos com hemiparesia e hemianopsia homónima esquerdas. A TAC convencional mostrou um enfarte témporo-occipital direito. Uma arteriografia com TCHM mostrou uma oclusão da artéria cerebral posterior direita, calcificação do sifão carotidiano esquerdo e estenose do direito. Realizaram-se reconstruções bi- e tridimensionais do polígono de Willis, base do crânio e carótidas cervicais distais que revelaram hipoplasia da carótida direita e do foramen carotídeo. Conclusão. A TCHM é uma técnica radiológica de incorporação recente que permite um estudo volumétrico num curto período de tempo, em segundos. Nas situações em que há suspeitas de anomalia vascular, podem-se realizar estudos arteriográficos por via venosa, e podem-se demonstrar as anomalias ósseas associadas com uma só aquisição de dados
Palabras claveArtéria carótida internaArteriografiaTomografia computorizada helicoidal
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