Objectivo. Pretende-se obter uma revisão actualizada das diferentes possibilidades cirúrgicas no tratamento de certas perturbações psiquiátricas refractárias ao tratamento conservador (fármaco-terapia, psicoterapia, terapia electroconvulsiva). Desenvolvimento. Para esta investigação, revimos os trabalhos publicados pelos centros com maior experiência nesta cirurgia, fundamentalmente na América do norte e Europa, desde os seus inícios nos anos 30, com a polémica leucotomia pré-frontal, até ao aparecimento das modernas técnicas estereotáxicas. Analisam-se as bases anatomofisiológicas, as suas principais indicações clínicas, técnicas cirúrgicas utilizadas e seus resultados, assim como as perspectivas de futuro deste tratamento neurocirúrgico. Conclusões. A evolução mais destacável da psicocirurgia nos últimos anos tem sido a combinação da mais rigorosa selecção dos doentes, juntamente com a maior especificidade do tratamento efectuado sobre as estruturas cerebrais envolvidas na doença psiquiátrica. Os procedimentos psicocirúrgicos presentemente mais utilizados são a cingulotomia, a capsulotomia anterior, a leucotomia límbica e a hipotalamotomia póstero-lateral, com respostas favoráveis em cerca de 35-70% dos casos. Os diagnósticos psiquiátricos, onde se podem encontrar melhores resultados são a perturbação obsessivo-compulsiva, estados de ansiedade crónica e a depressão major. Os actuais avanços nas técnicas de neuroimagem, o melhor conhecimento neurofisiológico e as revolucionárias técnicas de neuromodulação, em especial a estimulação cerebral profunda, oferecem expectativas sempre mais prometedoras à neurocirurgia psiquiátrica.
Palabras claveCapsulotomiaCingulotomiaEstimulação cerebral profundaHipotalamotomiaLeucotomia límbicaPerturbação obsessivo-compulsivaPsicocirurgiaTracotoma subcaudadaCategoriasNeurocirugíaNeuropsiquiatría
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