Tolerância e acontecimentos adversos do tratamento com inibidores da acetilcolinesterase numa amostra clínica de doentes com doença de Alzheimer de gravidade mínima e ligeira durante um período de seis meses
Introdução. Actualmente, no tratamento da deterioração cognitiva associada à doença de Alzheimer (DA), utilizam-se os inibidores da acetilcolinesterase (iACh). Os efeitos secundários destes fármacos estão associados ao aumento de acetilcolina, o que limita a sua eficácia, e deve-se ajustar no doente até a doses máxima tolerada. Doentes e métodos. Realiza-se um estudo comparativo retrospectivo da tolerância e dos acontecimentos adversos (AA) de dois iACh num grupo de doentes com DA provável de gravidade mínima e ligeira durante um período de 6 meses.
Resultados A amostra é formada por 175 doentes, dos quais 134 iniciaram tratamento com donepezil na does de 5-10 mg/dia e 41 com rivastigmina na dose de 6-12 mg/dia. 20% dos doentes apresentaram AA e 8% abandonou o tratamento. As queixas gastrointestinais (QGI) foram o principal AA observado (57,1%). 6% dos doentes tratados com donepezil abandonaram o tratamento por causa dos AA face a 14,6% dos doentes tratados com rivastigmina. Os doentes tratados com rivastigmina apresentaram uma maior incidência de QGI e o risco relativo de apresentar QGI foi 4,4 vezes superior aos nos doentes tratados com donepezil. Conclusões. As QGI associadas ao tratamento com iACh são o motivo principal de abandono do tratamento e produzem-se com maior frequência em doentes tratados com rivastigmina.
Palabras claveAcontecimentos adversosDoença de AlzheimerTolerânciaCategoriasDemenciaNeurodegeneración
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