Neste trabalho propusemo-nos uma revisão sobre a intervenção logopédica nas perturbações fonológicas (PF). Abordaremos os conceitos de desenvolvimento fonológico normal e de PF para entender de que forma foram abordados historicamente na intervenção logopédica. Por último, exporemos de que forma se realiza a avaliação e a intervenção sob o paradigma do processamento da fala. As capacidades fonético-fonológicas permitem às pessoas descodificar as cadeias fónicas que escutam para poderem aceder à sua forma fonológica e ao seu significado. Permitem-lhes também codificar essas cadeias desde as representações lexicais para pronunciar palavras. O seu desenvolvimento principal inclui aproximadamente, os quatro primeiros anos de vida. As dificuldades do processamento da fala afectam as capacidades fonético-fonológicas. Ocorrem ao longo de todas as patologias da linguagem, embora influam de maneira desigual, desde a incapacidade de falar até aos problemas importantes de inteligibilidade ou problemas ligeiros com alguns fonemas. A sua influência na aprendizagem da leitura e escritura foi demonstrada nas últimas décadas. A intervenção logopédica partiu de um modelo baseado na fonética articulatória. Nos anos 70 incluiu-se um modelo linguístico baseado nos processos de simplificação da fala e a análise fonológica, que melhorou consideravelmente os sistemas de avaliação e intervenção. Presentemente, assumimos um modelo psicolinguístico que relaciona as capacidades perceptivas com as produtivas e o processamento top-down ou bottom-up (desde as representações lexicais até à percepção ou produção de fonemas e vice-versa).
Palabras claveIntervenção logopédicaPerturbações da falaPerturbações da linguagemPerturbações do processamento da falaPerturbações fonológicas
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