Revisión

Crianças adoptadas: factores de risco e problemática neuropsicológica

S. Hernández, F. Mulas, M. Téllez de Meneses, B. Roselló-Miranda [REV NEUROL 2003;36:108-0] PMID: 12599110 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.36S1.2003045 OPEN ACCESS
Volumen 36 | Número S1 | Nº de lecturas del artículo 13.553 | Nº de descargas del PDF 1.502 | Fecha de publicación del artículo 20/02/2003
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RESUMEN Artículo en español English version
Nos últimos anos temos assistido a um incremento notável no número de adopções transnacionais no nosso país, que segue as tendências já existentes em outros países europeus desenvolvidos. Para este fenómeno contribuiu a melhoria nas condições socioeconómicas do nosso país, a redução da natalidade, com uma diminuição na oferta de crianças para adopção, o desaparecimentos dos orfanatos. Esta demanda crescente tem saída nos países em vias de desenvolvimento, nos quais a natalidade permanece elevada e as possibilidades de sustentar a descendência muito limitadas. As crianças adoptadas são originárias, principalmente, de países da América Central, da América do Sul, do Leste Europeu e da Ásia. A patologia esperada na criança adoptada compreende tanto problemas pediátricos gerais, entre os quais destacam as infecções –amiúde autóctones do país de origem– e a desnutrição, como perturbações neuropsicológicas e do desenvolvimento, como o atraso psicomotor, as perturbações de comportamento e conduta, que por vezes respondem a conflitos de adaptação, os problemas de comunicação, eventualmente como expressão de uma perturbação de características autistas, e os problemas derivados das circunstâncias que condicionaram a doação da criança para adopção (patologia perinatal, toxicodependência materna e síndroma de abstinência, psicopatia materna, etc.). A patologia, evolução e prognóstico da criança adoptada depende de diversos factores que actuam de forma somatória. O país de origem é determinante no tipo de patologia, em função do nível do sistema de saúde, a existência de programas de adopção regulamentados, etc. A idade da criança no momento da sua adopção marca a diferença na optimização do seu desenvolvimento, se tem acesso temporário a um núcleo familiar estável. A estadia prévia em instituições e respectiva duração são um factor de risco para a patologia neuropsicológica. A escassa informação disponível, em muitas ocasiões, acerca dos antecedentes torna mais difícil a antecipação do aparecimento de determinados problemas. Por último, a existência de factores de risco social das famílias biológicas, condiciona a maior mobilidade. Descrevemos uma série curta de doentes adoptados atendidos na nossa consulta de neuropediatria, e analisamos as variáveis condicionantes mencionadas e a patologia mais frequente. Palabras claveAdopção internacionalAtenção da criança adoptadaAtraso maturativoCrianças adoptadasPDAHPerturbações da linguagemProblemas da aprendizagem CategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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