Revisión

Dislexia do desenvolvimento

A.M. Galaburda, L. Cestnick [REV NEUROL 2003;36:3-0] PMID: 12599096 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.36S1.2003068 OPEN ACCESS
Volumen 36 | Número S1 | Nº de lecturas del artículo 20.601 | Nº de descargas del PDF 5.571 | Fecha de publicación del artículo 20/02/2003
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RESUMEN Artículo en español English version
A dislexia do desenvolvimento constitui uma percentagem importante das perturbações da aprendizagem. Até finais da década de 70, a maioria das investigações sobre a dislexia foram feitas dentro do campo da Pedagogia, contudo após a publicação de alguns casos com anomalias de migração celular no córtex cerebral surgiu, especialmente na Europa e na América do Norte, um grande interesse pela bases neurobiológicas e neurocognitivas desta perturbação neuropediátrica. Existem pelo menos duas classes de dislexia: a fonológica (DF) e a superficial (DS) –esta refere-se a uma perturbação perceptiva/superficial e não cognitivo/profunda– embora a mais comum seja a primeira. A DS caracteriza-se por uma dificuldade na leitura de palavras irregulares, ou seja, palavras que escrevem-se de uma forma e pronunciam-se de outra; isso não representa um problema major em espanhol, uma língua muito regular. A DF distingue-se pela dificuldade na leitura de pseudo-palavras e problemas na aquisição de conhecimentos íntimos e conscientes dos sons das letras. Muitos disléxicos fonológicos têm, além do mais, problemas com o processamento de sons rápidos (e alguns lentos), embora sejam sons simples e não linguísticos. Um número importante destes disléxicos também tem perturbações do sistema visual, especialmente na função da via visual magnocelular, que se dedica a analisar, entre outras coisas, o movimento. As perturbações fonológicas da dislexia são acompanhadas de alterações na activação cerebral, que podem demonstrar-se em tarefas fonológicas com a utilização de métodos como a ressonância magnética funcional (figura). Desta forma, a dislexia traz consigo focos de malformação cerebral que afectam, de um modo, o córtex peri-sílvico –as ectopias e as microgírias– e de outro, o geniculado médio e lateral –alterações na composição de neurónios–. Trabalhos conduzidos em cérebros disléxicos e em modelos animais experimentais indicam que estas perturbações do desenvolvimento do córtex, focais mas múltiplas, são a causa das alterações talâmicas; estas últimas são a causa dos problemas no processamento de sons. Nenhum destes novos conhecimentos conduziram a novas terapias realmente úteis, contudo espera-se que esta será o próximo avanço. Palabras claveDislexia do desenvolvimentoPerturbações da aprendizagemVia visual magnocelular
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