A patologia vascular cerebral na infância é, à diferença do adulto, pouco frequente; contudo, isto não nos deve levar a não a considerar importante. Existem diferentes processos vasculares que se repercutem em medida diferente no futuro neurológico e psicológico dos nossos pequenos doentes: estas sequelas são mais ou menos importantes e, em algumas ocasiões, lesões que os acompanham por toda a vida apesar dos nossos métodos terapêuticos actuais. Basicamente, diferenciamos as lesões orgânicas vasculares pré-estabelecidas ou malformativas das outras causas adquiridas como consequência de uma situação anómala inerente a outras patologias e de origem extra-vascular. Entre todas estas, destacam-se, pela sua frequência, gravidade e patologia celular, as hemorragias intraperiventriculares (HIPV) dos prematuros e doentes com muito baixo peso à nascença. As causas malformativas permanecem e são relativamente raras e estáveis na sua frequência, enquanto que as HIPV tiveram um incremento importante nos últimos anos, devido a diferentes causas, entre as quais se destacam o aumento de partos múltiplos de pré-termos, por volta das 30-32 semanas de gestação. Este grupo da população necessita de um controlo neuropediátrico precoce e continuado. Algumas das sequelas são detectadas e a intervenção é rápida; outras poderão surgir mais tarde, necessitando do trabalho coordenado de neuropediatras, psicólogos, educadores e fisioterapeutas.
Palabras claveDoença de Moya-MoyaEnfarte cerebralMalformações arteriovenosasPatologia vascular cerebralSíndroma de Sturger-WeberCategoriasNeuropediatríaPatología vascular
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