Introdução. As alterações paroxísticas e focais no electroencefalograma (EEG) de indivíduos que nunca tiveram crises epilépticas, podem associar-se a perturbações do desenvolvimento neuronal na infância. Objectivo. Para conhecer o verdadeiro comportamento da manifestação bioeléctrica, desenvolvemos um protocolo terapêutico com medicação anticonvulsivante para poder avaliar o grau de melhoria clínica com o próprio da resolução bioeléctrica. Doentes e métodos. Foram seleccionados quatro grupos de 10 doentes cada um de acordo com o diagnóstico clínico. Os grupos de estudo foram: perturbação da fala e da linguagem (PEL), perturbações por défice da atenção com hiperactividade (PDAH) e um quarto grupo com sintomatologia neuropsicológica mista (PNM).
Resultados Verificou-se uma relação linear entre o comportamento da evolução clínica e de evolução electroencefalográfica nos grupos com PEL e PDAH, e menos para os grupos PNM e PEA. A evolução clínica considerou-se bem sucedida em três das 10 crianças estudadas no grupo A (PEL), e um dos 10 do grupo B (PEA), em dois dos 10 do grupo C (PDAH) e em três dos 10 do grupo D (PNM). Conclusões. O tratamento farmacológico das perturbações do desenvolvimento neuronal, com padrão EEG anómalo e sem crises, mostrou um comportamento favorável em 80% dos casos para os quatro grupos estudados. A presença de um padrão EEG-4, actividade focal lenta, foi indicadora de um prognóstico clínico regular.
Palabras claveÁcido valpróicoCarbamazepinaEEG paroxístico sem crisesPDAHPerturbação cognitiva transitóriaPerturbação específica da aprendizagemPerturbação específica da linguagemCategoriasNeuropediatríaNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaTécnicas exploratorias
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