Introdução. A hemicrania representa 10% das primeiras consultas neurológicas na Espanha e mais de metade das novas consultas nas unidades de cefaleias (UC); daí a importância desta patologia. Objectivo. Avaliar se existem diferenças entre os doentes com hemicrania enviados para uma consulta geral de neurologia (CGN) ou para uma UC. Doentes e métodos. Compararam-se dois grupos de doentes com hemicrania: uns enviados pela primeira vez a CGN com outros enviados directamente a uma UC.
Resultados Na CGN, 10,7% (374 doentes) do total de novas consultas foram hemicrania; compararam-se com 107 hemicranias (64%) do total de cefaleias atendidas pela primeira vez, na UC durante o ano de 2000. A idade média e o sexo foram similares em ambos os grupos. No grupo de hemicranias na UC solicitaram-se mais TAC/RM (20%), e 77,5% levavam tratamento prévio, instituiu-se tratamento preventivo em 71%, triptanos em 51% e foi necessária a revisão em 44,8%. No grupo da hemicrania de consultas gerais, solicitaram-se menos TAC/RM (14%), apenas 20% levava tratamento prévio, instituiu-se tratamento preventivo em 45%, triptanos em 6%, necessidade de revisão em 25%. Conclusões. O grupo de doentes com hemicrania enviados para a UC apresentou uma patologia mais grave, necessitou de mais tratamentos preventivos, maior utilização de triptanos e maior controlo posterior do que o grupo de doentes com hemicrania enviados para a CGN.
Palabras claveAssistência neurológicaCefaleiaHemicraniaNeuroepidemiologiaTriptanosCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialCefalea y MigrañaDolor
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