Introdução e desenvolvimento. A síndroma de leucoencefalopatia posterior reversível (SLPR) foi descrita por Hinchey et al, em 1996, em doentes hospitalizados por distintos processos causadores de hipertensão arterial e insuficiência renal ou que estavam em tratamento com imunossupressores. Clinicamente produz uma encefalopatia aguda ou subaguda, que habitualmente coincide com um rápido aumento da pressão arterial. As provas de neuroimagem cerebral mostram uma alteração bilateral extensa na substância branca por edema cerebral nas porções posteriores dos hemisférios cerebrais, embora possam afectar qualquer área cerebral, tronco cerebral ou cerebelo. O mecanismo de produção do SLPR é pouco conhecido; nos casos de encefalopatia hipertensiva e eclampsia parece dever-se a alterações da auto-regulação vascular e do endotélio, e nos casos relacionados com imunossupressores o edema parece ser de origem citotóxica. A particularidade que define a SLPR é que, em quase todos os casos, os sintomas neurológicos resolvem e as lesões na substância branca desaparecem após o tratamento com anti-hipertensores ou ao suspender a terapia imunossupressora. Conclusão. O SLPR constitui uma complicação neurológica pouco frequente, embora sejam cada vez mais numerosos os casos comunicados na literatura médica. A excelente evolução e resposta ao tratamento que estes doentes apresentam e a íntegra recuperação do estado clínico das alterações radiológicas sugere a importância da sua identificação precoce, para evitar provas de diagnóstico desnecessárias ou tratamentos inadequados.
Palabras claveEncefalopatia hipertensivaImunossupressoresLeucoencefalopatia reversívelRessonância magnéticaSíndroma
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