Introdução. A epilepsia é uma doença crónica com importantes consequências pessoais e colectivas, cuja epidemiologia foi amplamente estudada na população em geral, mas não no âmbito hospitalar, que constitui uma população diferente na abordagem e no seguimento. Objectivos. Conhecer as características dos doentes com diagnóstico de alta de epilepsia e determinar a prevalência dos distintos tipos de epilepsia por grupo etário. Doentes e métodos. Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo, através do registo de altas de 121 doentes com diagnóstico de alta de epilepsia, atendidos no serviço de Neurologia do Hospital Nacional Guillermo Almenara, no período compreendido entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2001. Obtiveram-se as variáveis idade, sexo, idade na primeira crise e tipo de crise. Utilizaram-se a média, o desvio padrão e a análise da variância, de acordo com o tipo de variável utilizada.
Resultados A idade dos doentes oscilou entre 3 e 90 anos (média: 40,79 anos), a proporção homem/mulher foi de 65/56 (1,16:1). A idade da primeira crise oscilou entre 1 e 90 anos (média 36,6 anos). Predominaram as crises parciais (52,07%), seguidas das tónico-clónicas generalizadas (47,11%). Das crises parciais, 33,33% foram parciais simples, 14,29% parciais complexas e 52,38% secundariamente generalizadas; não se observaram diferenças significativas entre grupos de idade. Conclusões. O perfil epidemiológico dos doentes hospitalizados com diagnóstico de epilepsia é similar ao observado na população ambulatória, e não existe variação por grupos etários. Devem realizar-se estudos complementares mais completos para ajudar na sua correcta classificação.
Palabras claveGrupos etários Perfil epidemiológicoIdade da primeira crisePopulação hospitalarTipos de criseCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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