Introdução. O levetiracetam (LEV) é o último fármaco antiepiléptico (FAE) comercializado, com a indicação de ser utilizado em associação por adultos com crises focais. Objectivo. Referir a nossa experiência ao administrar LEV em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes. Doentes e métodos. Estudo aberto, de observação, retrospectivo, de 43 crianças e adolescentes com epilepsia refractária, com LEV associado durante mais de 6 meses de forma individualizada, e com a avaliação da repercussão na frequência das crises e os efeitos secundários adversos e favoráveis relacionados com o LEV.
Resultados Com doses médias de LEV de 45,01 ± 33,02 mg/kg/dia, reduziu-se em mais de 50% a frequência das crises em 65% e suprimiram-se as crises em 14% dos doentes, e referido efeitos adversos em 28% dos doentes, habitualmente transitórios ou toleráveis, porque só foi necessário suspender LEV em dois casos por este motivo (4,65%). Em 15 crianças (34,9%) os familiares verificaram a melhoria do comportamento social e das capacidades cognitivas. Conclusões. a) LEV é um fármaco eficaz e bem tolerado em crianças e adolescentes com epilepsias refractárias; b) A sua eficácia em diversos tipos de crises sugere um espectro terapêutico amplo; c) LEV é um fármaco muito bem tolerado, e com efeitos secundários favoráveis, circunstância raramente referida com outros FAE.
CategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatría
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