Objectivo. Estudar a relação entre a não comparência nas consultas de neurologia com a demora existente, e com os factores demográficos que possam influir na não comparência. Doentes e métodos. Recolheram-se de forma prospectiva os dados das consultas externas de neurologia dos meses de Novembro e Dezembro de 2002. incluíram-se os doentes que se remeteram para a avaliação como primeira consulta programada.
Resultados O número de doentes foi de 1.035, com idade média de 55,31 ± 19,84 (14-96). Destes, 605 foram mulheres e 430 homens, sem diferenças significativas na idade de ambos os grupos. 40% dos casos provinham da área rural. 237 doentes não se apresentaram (22,9%). Encontrámos uma relação estatisticamente significativa entre a idade e o não comparecimento (t = 2,67; p = 0,008, t de Student). Também havia relação entre não comparecer à consulta e a demora existente (t = –5,84; p = 0,000, t de Student). Os doentes reencaminhados das Urgências falharam mais dos que os enviados pelo médico de família (P 2=2,4; p = 0,07, c 2). A data em que receberam a citação relacionou-se com o não comparecimento (t = –2,55; p = 0,011, t de Student). Conclusões. O não comparecimento associou-se sobretudo com a demora, com a juventude, o proceder das Urgências e com o tempo desde que se notificou a citação.
Palabras claveAssistência ambulatóriaGestão de NeurologiaMelhora da qualidade assistencialPlanificação sanitáriaProcura assistencialCategoriasCalidad, Gestión y Organización Asistencial
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