Introdução. Sendo a epilepsia uma dos aspectos mais frequentes de atenção em Neurologia pediátrica, é necessário considerar uma das causas associadas à mesma, as malformações congénitas, como segunda causa geradora de epilepsia; por este motivo, sobre a base do seu neurodesenvolvimento podem identificar-se as diferentes variedades de defeitos congénitos relacionados com as epilepsias em Pediatria. Doentes e métodos. Incluíram-se 116 casos com diagnóstico de epilepsia associada a malformações congénitas do sistema nervoso central, em que se avaliaram os estudos de imagem como a ressonância magnética e a tomografia computorizada do crânio, e agruparam-se de acordo com o neurodesenvolvimento cronológico embrionário normal do ser humano.
Resultados Os casos foram seleccionados por idade, sendo o grupo predominante detectado nos menores de um ano de idade no grupo de idade escolar, e as alterações e migração, onde se inclui a lisencefalia, como principal malformação; o outro grupo foi as perturbações de proliferação; do mesmo modo, relativamente aos tipos de epilepsia associados, os dois grupos de síndromas epilépticas na infância mais comuns foram a síndroma de West e a de Lennox-Gastaut; tomando em consideração os tipos de crises epilépticas encontradas, correspondeu às crises parciais. Conclusões. O atrás descrito mostra como principal causa associada à epilepsia as malformações congénitas do sistema nervoso central, e o estudo de neuroimagem hoje com maior sensibilidade é a ressonância magnética, pelo que se sugere a utilização deste procedimento nos casos em que não se encontre causa aparente, para aperfeiçoar com maior precisão esta entidade nosológica. Apesar da causa multifactorial, as idades menores de 25 e maiores de 35 anos nas mulheres grávidas são consideradas de maior risco potencial, sem predomínio de área geográfica.
Palabras claveMalformações congénitas do sistema nervoso centralMigração celularProliferação celularSíndroma de Lennaux-GastautSíndroma de WestCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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