Possibilidades de reabilitação neurocognitiva na esquizofrenia
M.L. Vargas[REV NEUROL 2004;38:464-482]PMID: 15029528DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3805.2003569OPEN ACCESS
Volumen 38 |
Número 05 |
Nº de lecturas del artículo 9.442 |
Nº de descargas del PDF 3.568 |
Fecha de publicación del artículo 01/03/2004
Introdução. A esquizofrenia é uma síndroma crónica e gravemente incapacitante que altera o projecto vital de um grande número de pessoas jovens e das suas famílias, para além de ficarem afectadas múltiplas funções cognitivas, como a capacidade executiva, a memória explícita, a memória activa e a integração perceptiva. Nos últimos anos aplicaram-se à esquizofrenia as técnicas de reabilitação neurocognitiva destas funções procedentes da experiência com doentes com lesão cerebral. Desenvolvimento. No presente trabalho são revistos: 1. Os défices cognitivos que se podem considerar nucleares na génese dos sintomas da esquizofrenia e 2. As estratégias de recuperação ou substituição de tais défices, que possam generalizar-se para um melhor funcionamento psicossocial do doente. Propõe-se que o défice do controlo atencional (DCA), definido como a atribuição inadequada dos recursos atencionais durante o processamento cognitivo, tem como resultado o processamento atencional de informação redundante e uma falta de recursos atencionais para processar informação inovadora. Propõem-se modelos explicativos para os sintomas subjectivos e perceptivos e as perturbações da linguagem e os executivos na esquizofrenia. Discutem-se as possibilidades de aplicação de reabilitação neurocognitiva, especialmente através da utilização de técnicas de aprendizagem implícita que não requerem processamento atencional. Realizam-se recomendações para implementar a reabilitação neurocognitiva no marco geral da reabilitação psicossocial e laboral.
Palabras claveAtençãoCogniçãoNeuropsicologiaPsicopatologiaReabilitaçãoCategoriasNeuropsicología
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