Introdução. A distrofia miotónica de Steinert (DMS) é uma doença autossómica dominante do tipo sistémica, com uma expressão clínica variável. Recentemente, foi descrita a presença de lesões de substância branca cerebral em estudos de ressonância magnética em doentes com esta doença, que foram correlacionadas com a presença de perturbações cognitivos. Contudo, são muito poucos os comunicados acerca das descobertas electroencefalográficas (EEG) nesta doença. Doentes e métodos. No presente estudo foi realizado um EEG convencional e quantitativo a 10 doentes com DMS com idades compreendidas entre os 17 e os 50 anos.
Resultados 90% dos doentes mostraram um ritmo alfa posterior desorganizado, mas reactivo à abertura e oclusão ocular, assim como a presença de uma actividade theta contínua imposta sobre a actividade de base, mais pronunciada em direcção às regiões frontocentrais, de forma bilateral. Na análise quantitativa foi observado um aumento das energias absolutas para as bandas lentas e uma diminuição para as bandas rápidas do espectro de frequências. Na maioria dos doentes (80%) foram encontrados picos espectrais dentro do intervalo theta de frequências, correlativo à actividade lenta observada na análise convencional. Conclusões. Conclui-se que o EEG quantitativo poderia ter utilidade no estudo desta doença, considerada durante anos como neuromuscular , assim como a utilização de outros métodos mais precisos, como a coerência cerebral e a tomografia eléctrica cerebral poderiam fornecer novos conhecimentos na abordagem funcional destes doentes.
Palabras claveAnálise espectralElectroencefalograma quantitativoCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculoTécnicas exploratorias
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