Introdução. Na hipertensão intra-craniana idiopática foram descritos diversos padrões de cefaleia. Doentes e métodos. Num estudo retrospectivo, avaliaram-se os doentes de um hospital colombiano que cumpriam com os critérios de Friedman e Jacobson de hipertensão intra-craniana idiopática. Dois grupos de doentes, cefaleia pulsátil (CP) e cefaleia opressiva/peso (COP), correlacionaram-se com os critérios de classificação da Sociedade Internacional de Cefaleias.
Resultados Encontraram-se 16 doentes, 14 mulheres (87,5%), idade média 27 anos. A evolução foi dois meses ou mais (43,7%), 1-2 meses (25%) e 2 semanas (18,7%). Encontraram-se seis doentes com CP e nove com COP. No grupo CP, a cefaleia foi hemicraniana (50%), frontal (33,3%), moderada (33,3%), grave (66,6%), piorou com actividade (100%), foi acompanhada de náuseas/vómito (83,3%), fotofobia (33,3%). Todos com parâmetros clínicos similares à hemicrania. No grupo COP, a cefaleia foi global (33,3%), hemicraniana (22,2%), frontal e occipital (22,2%), moderada (66,6%), grave (33,3%), foi acompanhada de náuseas/ vómito (55,5%). 66% com parâmetros clínicos similares à cefaleia crónica diária de novo (CCDN). No exame físico de todos os doentes, encontrou-se paresia VI par em 31,2% e papiledema em 93,7%. A média de pressão de abertura foi 27 cmH2O. Observaram-se anomalias inespecíficas na tomografia axial computorizada em 18,7% e na ressonância magnética em 31,2%. Em seis doentes (37%) encontraram-se patologias associadas. O tratamento farmacológico foi eficaz em 93,8%. Não houve recaídas nem sequelas. Conclusão. A hipertensão intra-craniana idiopática é uma entidade de indivíduos jovens, principalmente mulheres, com cefaleia subaguda, com sintomatologia similar à hemicrania e CCDN. Em 31,2-93,7% encontra-se anomalia neurológica sugestiva de hipertensão intra-craniana
Palabras claveCefaleiaCefaleia crónica diária de novoHemicraniaHipertensão intra-craniana idiopáticaCategoriasCefalea y MigrañaDolor
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