Introdução. A epilepsia com ausências (EA), própria das idades pediátricas, caracteriza-se por episódios de diminuição da consciência acompanhados de ponta-onda rápida generalizada no electroencefalograma. Doentes e métodos. Crianças com EA da base de dados de neuropediatria de Maio de 1990 a Maio de 2004. Foram revistas as histórias clínicas e realizou-se contacto telefónico com os casos que já não se controlavam.
Resultados De 7.562 doentes avaliados no período em estudo, figuram 757 doentes (10%) com epilepsia e 449 casos de EA (6,47% do total das epilepsias): 29 raparigas (59,2%) e 20 rapazes (40,8%). A idade média no momento da primeira consulta era de 7,93 anos (amplitude entre 3 anos e 10 meses e 13 anos e 6 meses). O tempo médio de seguimento entre a primeira consulta e a última actualização de dados é de 5,3 anos (extensão entre 10 dias e 13 anos e 2 meses). Apenas persistem ausências em duas crianças do sexo feminino, em tratamento. 42 crianças levam mais de seis meses sem ausências, 16 com tratamento e 26 sem tratamento; 21 crianças levam mais de quatro anos sem ausências e não estão com tratamento. 12 crianças apresentam dificuldades escolares. Conclusões. A EA é de fácil diagnóstico e habitualmente tem boa resposta terapêutica, com monoterapia ou, em alguns casos, a associação de dois antiepilépticos. Um apertado controlo inicial por peritos na sua abordagem evita a persistência das ausências durante períodos prolongados. Devem vigiar-se disfunções psicossociais e de aprendizagem que em alguns casos estão associadas.
Palabras claveAdolescênciaAusênciasEpilepsia com ausênciasInfânciaNeuropediatriaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatría
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