Introdução. A demência vascular (DV) é a segunda causa de demência após a doença de Alzheimer na sociedade ocidental. Inclui um grupo heterogéneo de perturbações nas quais se crê que os factores vasculares desempenham um papel essencial no desenvolvimento da deterioração cognitiva. Objectivo e desenvolvimento. No nosso objectivo é analisar com que instrumentos e com que fiabilidade somos capazes de diagnosticar a DV. Para isso revemos os critérios de diagnóstico existentes até à actualidade, o papel da neuropsicologia, do estudo neurosonológico, e o crescente desenvolvimento das técnicas de neuroimagem, em especial a ressonância magnética. Conclusão. Os critérios de diagnóstico actuais para DV seleccionam um grupo clínica e etiologicamente muito heterogéneo, e é necessária a modificação dos mesmos até uns novos critérios baseados em evidências, derivados da análise de estudos populacionais que se focalizem na doença nos seus estados iniciais, e que diferenciem adequadamente aos pacientes com demência mista. O subtipo de deterioração cognitiva vascular subcortical (DCVS) representa uma forma de deterioração vascular mais homogénea e que selecciona doentes mais representativos, com um quadro clínico, história natural, resposta ao tratamento e prognóstico mais previsíveis. Estas características fazem da DCVS um grupo ideal para a comparabilidade de estudos e ensaios clínicos.
Palabras claveCritérios de diagnósticoDemência vascularDeterioração cognitiva subcorticalNeuroimagemNeuropsicologiaCategoriasDemenciaNeuroimagenNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaPatología vascular
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