Introdução. Apenas uma minoria de doentes com AVC agudo são candidatos à fibrinólise, e o motivo principal é o facto de se ultrapassar temporalmente a janela terapêutica. A principal demora dá-se até à chegada ao hospital, mas também acontece, e tem sido menos estudada, a demora após ser dada entrada no hospital. Objectivo. Descrever os elementos da demora suplementar dentro do hospital a partir de uma amostra de doentes com AVC agudo, analisar os possíveis factores associados, entre eles a sobrecarga na assistência no serviço das urgências, aspecto anteriormente não avaliado. Doentes e métodos. Recolheram-se de forma sistemática os elementos epidemiológicos, tempos de demora suplementar dentro do hospital, meio de transporte utilizado e carga assistencial nas urgências, no dia em que todos os doentes com AVC deram entrada na Unidade de AVC do Hospital Geral Universitário de Alicante, durante o período do estudo.
Resultados De uma amostra inicial de 460 doentes, incluiram-se no estudo 423, com uma média de demora suplementar no hospital de 3,99 e 2,36 horas, respectivamente. A utilização da ambulância e os subtipos hemorrágico e acidente isquémico transitório foram associados a uma menor demora até à chegada ao hospital, e a chegada durante o turno da noite foi o único factor associado a uma maior demora no atendimento hospitalar. Conclusões. É evidente a necessidade, no nosso meio, de se começarem a implementar estratégias no sentido de melhorar as condições, reduzindo assim as demoras que ocorrem entre a chegada ao hospital de indivíduos com doença cerebrovascular e a altura em que estes são atendidos pelo especialista no âmbito hospitalar.
Palabras claveAdmissãoAVC agudoDemora na hospitalizaçãoDemora na neuroimagemFactores temporaisInício do AVCServiços de urgênciaSobrecarga na assistência hospitalarCategoriasNeuroimagenPatología vascular
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