Introdução. Existe um aumento na procura de diagnósticos em crianças com dificuldades de aprendizagem e/ou perturbações de comportamento nas consultas de pediatria e neuropediatria. Uma das causas mais frequentes desta situação é a perturbação por défice de atenção com hiperactividade (TDAH), que apresenta uma elevada incidência e dificuldades de diagnóstico. Deve delinear-se o papel do pediatra como primário na sua despistagem e intervenções. Sujeitos e métodos. Efectuou-se um estudo populacional em crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos que frequentam as escolas das localidades navarras de Buñuel e Cortes. Utilizou-se a teste de Conners modificado e adaptado por Farré e Narbona (EDAH) e os critérios diagnósticos do DSM-IV (Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 4.ª edição) para a sua avaliação e diagnóstico. Avaliaram-se também as classificações escolares. Ao grupo de crianças TDAH efectuou-se uma avaliação psico-pedagógica e Saúde Mental para verificar se existiam problemas de comportamento associados.
Resultados Quanto à incidência, sexo e tipos de TDAH, os resultados são concordantes com a literatura. Nota-se uma diminuição estatisticamente significativa no rendimento escolar tanto nas crianças que cumpriam os critérios TDAH, como nas que só cumpriam critérios EDAH. 55% das crianças TDAH que deviam mudar de ciclo, repetiram o curso e apresentam diferenças estatisticamente significativas comparando com outros grupos. Conclusões. O pediatra de atenção primária deve envolver-se no diagnóstico e tratamento destas crianças, sem evitar, contudo, a avaliação pelos diferentes serviços envolvidos no processo de diagnóstico e terapêutico.
Palabras claveDéfice de atençãoDificuldades de aprendizagemPerturbação por défice de atenção com hiperactividadeCategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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