Introdução e objectivos. Após episódio agudo de acidente vascular cerebral (AVC), um grande número de sobreviventes ficam afectados com sequelas que os impedem de levar a cabo um conjunto de actividades básicas ou actividades instrumentais da vida diária. Conjuntamente com a avaliação clínica, a percepção do doente relativa ao seu estado de saúde, constitui informação útil do seu processo de recuperação. O objectivo deste estudo centrou-se na avaliação da capacidade funcional e qualidade de vida pós AVC. Doentes e métodos. Após identificação de uma coorte de doentes admitidos num hospital geral, estes foram contactados telefonicamente nove meses após alta hospitalar. O instrumento de colheita, enviado por correio, integrava a escala de COOP WONCA, o Frenchay Activities Index, o índice de Barthel e a escala de Rankin, para além de um conjunto de variáveis sócio-demográficas.
Resultados A taxa de sobrevivência dos participantes foi de 81%. A aptidão física e a capacidade de executar as actividades do dia-a-dia são dimensões físicas mais afectadas, que impedem os doentes de realizar um conjunto de actividades básicas e actividades instrumentais do dia-a-dia. O estado afectivo-emocional, e a auto-percepção do estado geral de saúde correlacionam-se igualmente com a incapacidade física. Conclusões. Os resultados apontam para uma percentagem significativa de indivíduos, que após AVC mantêm uma incapacidade moderada ou grave (47,8%), determinando a presença de uma segunda pessoa a colaborar nas actividades de auto-cuidado. Os dados encontrados são conclusivos de que os indivíduos apresentam graves disfunções físicas associadas a alterações emocionais e psicológicas.
Palabras claveAcidente vascular cerebralAVCIncapacidade pós acidente vascular cerebralQualidade de vidaRecuperação pós acidente vascular cerebralCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialPatología vascular
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