Introdução. Publicámos recentemente os resultados de uma primeira série cirúrgica de doentes com epilepsia do lobo temporal (ELT). Apresenta-se uma série imediatamente posterior, e analisam-se e comparam-se os resultados. Doentes e métodos. Estudam-se 22 doentes novos intervencionados consecutivamente por ELT, com igual metodologia que na publicação prévia e com um controlo clínico mínimo de dois anos. Para avaliar a capacidade para localizar o foco das provas complementares utilizou-se como padrão de ouro os doentes com graus I ou II de Engel.
Resultados Obtiveram-se melhores resultados funcionais: 91% dos doentes em grau I e 9% em grau II de Engel. Não se obtiveram doentes em graus III ou IV. Os estudos pré-cirúrgicos que, comparativamente, incrementaram mais a sua capacidade de localização foram: videoelectroencefalograma (video-EEG) com eléctrodos de foramen oval (EFO) (37,0%), EEG de escalpe (26,6%), tomografia computorizada por emissão de fotão único (SPECT) interictal (11,7%) e a ressonância magnética (RM) (7,3%). A prova com maior grau de concordância com o foco epileptogénico foi o video-EEG com EFO (95,5%), seguido pelo EEG (86,4%). Em 35% dos estudos, a RM foi normal ou sem dados válidos para a localização do foco epileptogénico. Conclusões. A exploração com EFO e o tratamento cirúrgico da ELT é uma metodologia segura, cujos resultados melhoram com a experiência. A RM normal ou não claramente informativa não tem que excluir à priori os doentes com ELT farmacorresistentes desta terapêutica alternativa.
Palabras claveEléctrodos do foramen ovalEpilepsia do lobo temporalLobotomia temporalCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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