Objectivo. Descrever a fisiopatologia, diagnóstico e manifestações clínicas das complicações neurológicas que o doente em estado crítico pode desenvolver nas unidades de cuidados intensivos, e determinar o seu tratamento e prognóstico, de acordo com a bibliografia contemporânea mais relevante. Desenvolvimento. Os doentes em estado crítico desenvolvem a sépsis como a mais frequente das suas complicações, associada a uma encefalopatia como manifestação principal, tendo uma estreita relação com o prognóstico do doente. A polineuropatia do doente em estado crítico encontra-se associada à sépsis como factor principal desencadeador e à presença de glicémias elevadas, que é uma limitação importante para o desmame da ventilação mecânica. A miopatia do doente em estado crítico relaciona-se com o uso de esteróides fluorados e bloqueadores neuromusculares, que se empregam frequentemente nestes doentes. Todas estas entidades representam um diagnóstico significativo para o clínico e são acompanhados de sequelas importantes que persistem após a alta hospitalar, além das miopatias e neuropatias associadas ao uso de fármacos comummente empregues no doente em estado crítico, pelo que se deve conhecer a fisiopatologia da perturbação e os factores associados, para uma abordagem diagnóstica oportuna. Conclusões. A incidência destas patologias e suas complicações fazem delas entidades relevantes que necessitam de um diagnóstico rápido e apropriado ao seu tratamento precoce, assim como o conhecimento do seu prognóstico.
Palabras claveEncefalopatiaFisiopatologiaMiopatiaPolineuropatiaSépsisCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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