Objectivo. Determinar a prevalência e as características clínico-epidemiológicas e terapêuticas das cefaleias primárias no Zimbabué. Sujeitos e métodos. Realizou-se um estudo descritivo, na população laboral do Hospital Psiquiátrico Nacional do Zimbabué. Utilizou-se a classificação da Sociedade Internacional de Cefaleias. O tamanho da amostra, que se calculou de acordo com o programa EpiInfo 2002, foi de 175 trabalhadores, os quais se seleccionaram por amostragem aleatória simples.
Resultados A prevalência de cefaleias primárias foi de 37,1%. 66,1% tinha entre 20 e 39 anos. 29,2% tinha antecedente familiar de cefaleias. Predominaram a cefaleia tensional (47,7%) e a enxaqueca comum (30,8%). 46,12% dos afectados iniciaram queixas de cefaleia antes dos 15 anos. A localização mais frequente foi cervical, em 40%. Os factores precipitantes mais frequentes foram a menstruação (24,6%) e o stress (21,5%). O sintoma predominante foi o lacrimejo (27,7%). Em 40% a cefaleia tinha uma frequência de três ou mais vezes ao mês. Como tratamento sintomático predominou o paracetamol (83,1%), e os anti-inflamatórios não esteróides (52,3%). 18,5% utilizou beta-bloqueadores e 13,8% amitriptilina como profilácticos das crises de cefaleia. Conclusões. A prevalência de cefaleias primárias é elevada na população laboral objecto de estudo.
Palabras claveCefaleias primáriasPrevalênciaZimbabuéCategoriasCefalea y MigrañaDolor
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