Introdução e métodos. Estudaram-se 72 doentes que cumpriam todos os critérios de morte cerebral (MC), utilizando uma bateria de provas constituída por: potenciais evocados auditivos do tronco cerebral (PEATC), potenciais evocados somatosensoriais de curta latência (PES), assim como potenciais evocados visuais (PEV) e o electrorretinograma (ERG).
Resultados Identificaram-se três padrões característicos nos PEATC: plano bilateral (73,34%), onda I bilateral (16,66%) e onda I unilateral (10%). A onda N20 dos PES e os restantes componentes corticais mais tardios não foram registados em nenhum doente, enquanto se preservavam parcial ou totalmente os denominados componentes subcorticais. A utilização de referências não cefálicas permitiu discutir a origem dos componentes subcorticais. Quando se utilizou uma referência cefálica para a obtenção tanto do ERG como dos PEV, as ondas a e b do ERG foram registadas em todos os casos, enquanto no canal dos PEV apareceram ondas de polaridade inversa, de morfologia similar e igual latência, mas de menor amplitude às do ERG. Ao utilizar-se uma referência não cefálica, a morfologia e a latência dos componentes do ERG não se modificaram, enquanto no canal dos PEV não se obteve resposta. Este padrão electrofisiológico indica que na via visual de doentes em MC, a actividade eléctrica só é preservada na retina. Conclusão. A aplicação deste conjunto de provas permite efectuar um diagnóstico precoce de MC, aspecto primordial para a possibilidade de transplantes
Palabras claveMorte cerebralPotenciais evocadosProvas confirmatóriasCategoriasTécnicas exploratorias
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