Introdução. O diagnóstico do síndrome do túnel cárpico (STC) continua a ser controverso de um ponto de vista clínico e neurofisiológico. O presente estudo tenta estabelecer uma correlação entre sintomatologia subjectiva e envolvimento neurofisiológico, estabelecendo um modelo diagnóstico para que o STC seja reconhecido precocemente pelo médico generalista e devidamente orientado ao médico especialista. Doentes e métodos. Amostra de 100 casos com suspeita clínica de STC. Realizou-se uma avaliação clínica com sintomas (parestesias, dor, perda de força), sinais (Tinel e Phalen), e neurofisiológica com electroneurografía (ENG) do nervo mediano e cubital (velocidade sensitiva VCS), latência motora distal (LMD) e electromiografía (EMG) da eminência tenar. Com estes dados realizou-se um estudo epidemiológico e de correlação entre os parâmetros clínicos e neurofisiológicos.
Resultados Os doentes com dor, perda de força e Tinel têm alteração significativa dos parâmetros de ENG e do EMG. O sinal de Tinel tem uma sensibilidade (S)= 30,1% para LMD, S= 32,5% para VCS, uma especificidade E= 73% para LMD e E= 88,2% para VCS. O sinal de Phalen tem S= 22,2% para LMD, S= 18,1% para VCS, E= 94,6% para LMD e E= 94,1% para VCS. Conclusão. O modelo para reconhecer clinicamente que doentes devem ser estudados neurofisiologicamente por ter alta probabilidade de ter STC é: diagnóstico de alteração motora, dor (S= 79%); perda de força (E= 86%) e sinal de Phalen (E= 94,6%). Diagnóstico de alteração sensitiva: parestesias (S= 97%), sinal de Tinel (E= 88,2%) e sinal de Phanel (E= 94,1%)
Palabras claveExame físicoNervo medianoSensibilidade e especificidadeSíndrome do túnel cárpico
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