Introdução e casos clínicos. Apresentamos três casos de doentes estudados no nosso hospital, após um período de seguimento de pelo menos dois anos desde o diagnóstico de doença desmielinizante, com quadro clínico de características pouco habituais. Analisamos a apresentação clínica, achados de TAC e ressonância magnética, estudos neuropatológicos, assim como evolução clínica posterior. O estudo anátomo-patológico foi realizado em dois dos casos, visto que o diagnóstico permanecia incerto, e havia um escasso apoio dos restantes exames complementres efectuados.Discussão. A presença de grandes lesões com efeito de massa ou com realce periférico em anel, em doenças desmielinizantes podem dificultar o diagnóstico diferencial com outras entidades como neoplasias ou abcessos, e originar uma abordagem diagnóstica inicial errónea e inclusivamente aplicar terapêuticas não adequadas e agressivas. Conclusões. Em doentes jovens com imagens radiológicas sugestivas de processos expansivos (sejam solitárias ou múltiplas) deve-se considerar a hipótese de doença desmielinizante primária do sistema nervoso central com manifestação pseudotumoral. Em determinados casos a biópsia estereotá xica deve ser ponderada se o diagnóstico continua indeterminado, antes de instaurar tratamentos desadequados. O objectivo fundamental da apresentação dos nossos casos é insistir na consideração diagnóstica destas formas pseudotumorais de doença desmielinizante
Palabras claveDoenças desmielinizantesEsclerose múltiplaCategoriasCáncer y tumoresEsclerosis múltiplePatología vascular
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