Introdução e objectivo. A procura de assistência nos Serviços de Urgências tem vindo a crescer progressivamente de forma multidisciplinar. O objectivo de este trabalho foi estabelecer a participação da patologia neurológica na urgência hospitalar e as suas características demográficas e assistenciais. Doentes e métodos. Apresenta-se um estudo de observação de coorte histórica sobre as urgências neurológicas de um hospital de terceiro nível, durante o período de um ano.
Resultados Da análise de todas as urgências, 1.592 correspondiam a processos neurológicos. Foi solicitada a avaliação do neurologista de serviço em 87,9% dos casos. A idade média foi de 59 anos com predomínio de mulheres (56,3%). A maior afluência ocorreu entre as 14:00 e as 19:59, sendo as segundas os dias de maior afluência. Os motivos de consulta mais frequentes foram a alteração da força, da linguagem, a cefaleia e as crises epilépticas. A avaliação complementar realizada com maior frequência foi a avaliação analítica do sangue. Fez-se TAC cerebral a 31,9% dos doentes. Os diagnósticos mais frequentes, como grupo, foram as doenças vasculares cerebrais, seguidas por epilepsia e cefaleias. A maioria dos doentes tiveram como destino a alta e os Cuidados Primários ou Consulta de Neurologia. Distribuidos por especialidades médicas com médico de serviço na urgência, a nossa foi a segunda em pressão assistencial neste hospital. Conclusão. De acordo com os resultados expostos está justificada, na nossa opinião, a integração do neurologista nos serviços de urgências
Palabras claveAssistência neurológicaUrgências neurológicasCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialDemenciaNeuropsiquiatría
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