A doença vascular cerebral, nas suas diversas manifestações agudas, isquémicas ou hemorrágicas, pode acompanhar-se de crises epilépticas durante a fase aguda ou desenvolver um síndrome epiléptico tardio. O estado de mal epiléptico é uma complicação pouco frequente que pode aparecer em qualquer momento da evolução, por vezes como primeira e única manifestação epiléptica. O risco de crises agudas ou de um síndrome epiléptico varia de acordo com a natureza do acidente vascular: é mais provável o seu aparecimento em lesões hemorrágicas e naquelas que afectam o córtex cerebral. As crise agudas podem tratar-se com benzodiazepinas ou com anti-epilépticos de acção rápida, sendo necessário, por vezes, a administração parenteral. A necessidade de estabelecer tratamento preventivo anti-epiléptico prolongado é um tema já discutido, visto que não há evidência da sua utilidade para evitar o desenvolvimento posterior de um síndrome epiléptico. O manuseamento do estado de mal não difere do de outras etiologias, ainda que se deve ter em conta o risco de efeitos secundários favorecidos pela idade e estado de saúde do doente. Na selecção do tratamento da epilepsia vascular há que considerar, além da eficácia dos fármacos, as suas características farmacocinéticas e as interações com os tratamentos que o doente vai necessitar para o manuseamento de problemas tão frequentes como a hipertensão, insuficiência cardíaca, anticoagulação, diabetes, etc.
CategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosPatología vascularTrastornos metabólicos y tóxicos
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